Onde vocês estão?

Quando encontrei este espaço, fui lançada para um refúgio seguro dentro de mim mesma - um canto onde até conversa inesperadas floresceram (Oi, Helen). Um abrigo tão sólido que ousou remexer nas palavras mais malditas da minha história, arrancando-as da sombra para torná-las públicas.

E a cada maldição escrita, a cada olhar lançado sobre essas dores, algo em mim se libertava. Correntes se partiam, uma a uma, até que, por fim, já não precisava mais escrever. Bastava ler. Ler feridas dos outros, seus fragmentos espalhados, suas tentativas - assim como as minhas - de dissipar a escuridão.

Não acredito no acaso. Para mim, viemos ao mundo já marcados por um destino, seja ele grandioso ou minúsculo. Mas quem dita o que é grande e o que é pequeno?

Meus devaneios... deixem-me retomar o fio.

É quase vergonhoso admitir, mas como se suporta a própria insignificância? Talvez apenas quando alguém nos faz acreditar que não somos tão insignificantes assim.
E aqui, vocês me fizeram acreditar. Tanto quanto na vida real - talvez até de forma mais especial, porque vocês não sabem que meu nome carrega sete letras, nem que meu signo é de água. Não sabem que faço uma pequena dança involuntária quando provo algo deliciosamente surpreendente, nem que minhas mãos rabiscam estrelas sem que eu perceba. Não sabem da minha seriedade, nem da doçura escondida em cada fresta.

Mas ainda assim, vocês me disseram: "Você importa".

E eu tenho sentido falta de vocês...

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