É porque gostamos tanto de histórias...
Por que gostamos tanto de histórias? Por que maratonamos séries por horas e horas, assistimos o mesmo filme 10x ou lemos livros, escutamos histórias das pessoas e tudo mais?
Dizem que é porque nós conectamos com as pessoas, porque tem sentimentos e emoções, porque nós colocamos no lugar do personagem, e por aí vai...
Isso tudo parece ser bem verdade mesmo.
Mas por que tudo isso?
Eu acho que é por causa dos 2 superpoderes que temos, que até onde sabemos só nós seres humanos temos os 2 juntos: memória e imaginação
A memória é serva do passado.
Que já foi... o que a causa está inacessível e resta apenas a consequência. Apesar de vasta, é finita.
A imaginação é serva do futuro
Não aconteceu AINDA. Ou nunca acontecerá. Pode ou não pode ser. As possibilidades são infinitas.
E no meio disso está o presente, a realidade, o agora. Pare para pensar o que é o presente? Na verdade ele é infinitamente pequeno, pois sempre é divisível em menor período. Porque o presente é agora, o presente é este segundo, esse milésimo de segundo, esse nano segundo. Se você piscar, já passou, ou esse prestes a chegar.
O presente é como se fosse... uma gangorra presa no centro sobre uma agulha muito fininha, subindo e descendo... Um lado é o seu passado e o outro é seu futuro, a sua memória e a sua imaginação. a agulha é o presente
E o que isso tem a ver com gostarmos de histórias?
Por nosso presente ser esse alfinete tão pequeno (porém muito importante para manter tudo funcionando) nossa experiência e nossa história do agora são breves, instantâneas se comparadas a tudo que foi e tudo que pode acontecer (com a gente e com todos) por isso que usamos esses 2 superpoderes, para suprir essa brevidade. (Diferentemente das crianças, que vivem muito mais o presente) para sermos e experienciarmos tudo aquilo que não da tempo no presente. Nas histórias a gente pode ser quem a gente quiser, sentir o que quiser, fazer o que quiser. A gente transporta o nosso eu presente para o passado e futuro através das histórias, usando as memórias e a imaginação. A memória é o cavalo, a imaginação o cavaleiro...
Quem nunca desejou ser invisível, voar, soltar raios laser pela testa...ou viver a vida daquela personagem simples mas que você se identifica tanto? Quem nunca desejou dirigir aquele carro tunado do filme, ir naquele castelo de bruxos, ou viajar para aquela galáxia distante?
E quem disse que não pode? Talvez no presente não, mas basta fechar os olhos que você pode ir a qualquer lugar, fazer qualquer coisa, ser quem ou qualquer coisa, que já existiu ou não, que existirá ou não. Você só está a uma história de distância.
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