Sem Título

Ultimamente eu tô tendo mais vontade de escrever no meu diário, isso quer dizer que o que doía tá doendo mais.

O que me fez criar esse diário.

A falha, erro ou sei lá o que me trouxe a esse ponto, quando eu só tinha um pensamento ou só pensava em uma pessoa. Penso, na verdade. Usaremos o tempo verbal correto aqui, esquecer não é opção e nem tento.

Vendo as coisas que me disse, me perguntei se alguma hora eu fui um cara mau ou cheguei e te dar o menor incômodo que não fosse por querer só a sua presença. Ou que eu assegure que era só você que existia pra mim, não prometi nada; por que eu teria que prometer fazer algo quando eu posso só fazer? Eu fiz, ninguém poderia negar isso.

Quando vivenciei o meu pequeno universo de papel, quis ter certeza que cada astro brilhasse da melhor maneira; quanto mais escura a noite, mais brilhante é a estrela. E ele brilhou até me ofuscar, as indecifráveis constelações que surgiram eram uma criação sua, toda uma galáxia com o seu nome, o jeito poético é o meu favorito.

Mas pode ser que eu não seja tão bom nisso.

Pois para o que doeu e para o que sangra não há verso que (d)escreva, sentir basta. E o que é mais curioso, quando falei sobre isso contigo, tudo sumiu, não tinha porque... Mas está. Some na sua presença, não importa quando você vem, só quando vai. Deve ser realmente estranho gostar tanto assim de alguém. Eu sou só um louco. Mas dessa loucura eu tenho gosto.

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