Diário de lordsemideus

Aprendendo a amar..

Terça-feira, 04 de Fevereiro de 2025.

Aprendendo a amar.. Público
Bom... Eu acabei ver um vídeo do Elliot Aronson, no qual ele falava muitas coisas sobre o comportamento humano e sobre seu livro do qual estou lendo. Isso me fez refletir sobre muitas coisas, inclusive, sobre o momento presente da minha vida. Logo após de terminar um relacionamento de quase três anos, com uma mulher que amei, mas não da maneira que normalmente as pessoas fazem. Certamente foi melhor para ela. Pois eu tenho muita dificuldade em demonstrar sentimentos e gostaria de fazer uma breve reflexão sobre esse aspecto da minha personalidade. Fato é que, desde muito pequeno, sempre tive dificuldade em desmontrar sentimentos, mesmo para com meus pais. Eu nunca entendi isso claramente e já tentei identificar se isso se deu por intermédio de algum trauma ou coisa parecida. E, no entando, ao lembrar da minha adolescencia, quando gostei de uma garota no colegial. Depois de me declarar para a mesma e conseguir seu afeto e compromisso, por três vezes dei "mancada", mas isso não é o que me chamou a atênção, e sim, o fato de eu ter gostado de machucá-la, muito embora gostasse dela. Isso se repetiu por inumeras vezes até o presente dia. É esse sadismo, essa coisa louca e perversa que não consigo gerir. É como se eu realmente, e por testemunho das mesmas mulheres, "nunca fosse capaz de amar alguém." Não foi só uma que me disse essas palavras. Com efeito, segue-me essa questão crucial na mente, de forma que não sei ao certo porque isso acontece. Pois eu choro como todo mundo, mas será que esse choro é verdadeiro? E por que eu me pergunto isso, afinal, quem duvida se é verdade quando se chora? Bom, para mim é muito real. Depois de pensar muito, conclui que não tem nada a ver com trauma na infância. Visto que desde que eu me conheço por gente, sou assim. Meu pai me disse uma vez que eu não amava ninguém. E isso, de certa forma, não me assusta ao ouvi-los dizer.. Dado que me conheço e sei que talvez estejam certos.
A grande questão é que, eu funciono desse modo. Embora já a muitos anos esteja tentando mudar.. O que eu faço? Como se cria tamanha empatia? Eu penso nas pessoas, não quero machucá-las, mesmo que fazendo não me afete em demasia, sabe? Agora e mesmo antes de vir aqui escrever, coisa que a muito já venho pensando, quero entrar nesse processo de mudança. Pois, agora, mais maduro, consigo frear melhor esse traço em mim. Não quero fazer tirar vangem do sadismo para meu benfício próprio, não mais. Quero, mesmo sem sentir ou saber viver um sentimento, que sei que para a maior parte das pessoas é extremamente importante, usar disso para benefício das mesmas. E tentar transmitir essa minha falta em palavras de alegria e de bondade. Talvez, não ao ponto de essas pessoas se aproximarem tanto (pois sei que mal que spou capaz de causar), mas próximas o suficiente para se sentirem bem comigo. E se me agrada escrever isso, que dirá fazê-lo. Mesmo que eu tenha consciencia de que praticar isso será muito difícil. Por isso, quero fazer dessa idéia, uma missão de vida. Ainda que eu não consiga sentir a dor dessas pessoas, posso ouvi-las e na medida do possível, lhes dar um alento, em meio a uma geração perversa. Acredito que isso faça parte de um propósito, quem sabe?... Uma vez em sala de aula, minha professora de psicologia, disse que tinha uma menina que era diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial. Isto é, a psicopatia. E ela cuidava de pessoas num hospítal, dando até mesmo injeções nos paciente. E eu lhe questionei dizendo: E se num bela dia, ela não estive bem e quisesse simplesmente aplicar ar numa ceringa e injetar num dos pacientes, este vindo ao óbito? Não seria perigoso uma pessoa com esse trantorno trabalhar num hospital? Então, ela me olhou e disse: Bom, não tem como garantir isso, mas não são todos os psicopatas que chegam a praticar algum delito em sua vida. Na verdade é uma minoria.
Isso me intrigou de uma forma que eu nunca mais esqueci essa história. Talvez porque hoje me encontre na mesma situação dessa garota. Hoje um colega de trabalho me perguntou qual era meu maior sonho quando pequeno, e eu lhe respondi: Ser um ditador. Ele me olhou e disse que eu era louco enquanto riamos. No fundo, eu falei sério, por isso parei em seguida de sorrir. Embora eu saiba que essas coisas só são pensadas, e eu esteja numa fase meio complicada da vida, nunca sabem o que penso e eu também não deixo a desejar.
Uma coisa eu aprendi sobre ser assim. As pessoas quase sempre esperam que você seja dócil, sensato, ponderado, educado e até submisso a elas, principalmente se for uma pessoa que etseja dentro de hierarquia. Contudo, elas se assustam quando você diz a verdade, que não gostou ou que acha o que elas dizem desprezível e sem noção. Quando você dá sua opinião mesmo, como: Eu acho isso uma droga. Quando você diz; Não quero. E elas perguntam; por quê? E você responde com motivos bem específicos, exemplo: Eu sei que você gosta disso e acha que todos deveriam pensar dessa maneira, mas eu realmente não quero isso para mim, e na verdade, querer isso significaria que eu não tenho algo mais valioso para querer da vida. E se você me perguntar o que é mais valioso do que isso que você disse ser para você, eu não lhe diria, porque está claro que dado a fato de você querer isso, que não significa nada para mim, seria muito dificil para você entender. Até porque queremos coisas opostas demais para partilhar.
As pessoas aguentam um sim ou um não, mas um motivo claro e verdadeiro, acaba com a fantasia delas. Principalmente quando estão tentando lhe convencer de algo. No entanto, isso também mostrar o quanto você tem certeza do que está falando. Na minha visão, todas as pessoas são pessoas, no sentido de que, independente de hierarquia ou de conhecimento e nivel social ou inteligencia, eu sempre, absolutamente, vou dar minha opnião ainda que todos discordem. Até porque eu sei bem onde piso, e conheço as intenções das pessoas quando vão me falar. Hoje, quem eu não gosto, faço questão que saiba. Já para evitar contatos e falsas amizades. Porém, quem eu gosto, também trato com respeito e bem, para que possam se sentir bem em compartilhar suas idéias. Em suma, quero poder ser mais gentil, menos impaciente. Eu não sei disfarçar as coisas, quando não gosto de algo, já fecho a "cara". Não por mal, mas porque tem certas coisas me me deixam indignado. E quero parar de me indignar por gente, seja quem for. Quero cuidar mais de mim e das pessoas que amo, e quero aprender a amar com esse amor que elas também me amam. Pois eu sei que meu amor é estanho demais para elas sentirem e entenderem.


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Comentários

Comentários (3)




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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025 �s 07:41
Essa parte na qual você diz que quer fazer as pessoas se sentirem bem com você é muito bom de sua parte, mas por favor, não perca a sua essência, essa que estingue você de outras pessoas.

Somos dois em busca desse amor, não da pessoa e sim desse sentimento.

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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025 �s 07:41
Por exemplo, estou em um relacionamento, posso fazer de tudo que um casal possa normalmente fazer, mas ainda não consigo sentir e nem conhecer o amor, compreende?
Acho que me sinto a mulher mais macho alfa de todas.

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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025 �s 07:40
Bom, é muita informação para assimilar, mas absorvi algumas partes que me identifiquei. Diversas vezes me perguntei "o que é amar?" ou "como se ama alguém?".Digamos que passei muito tempo me perguntando sobre isso e me questionando se isso era normal da minha parte, creio que passei tanto tempo tentando ser "normal" que nem sei mais o que é real.

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