[...] e o que não sabemos é um oceano.
Ontem foi oficialmente confirmado algo que eu já pressentia: o polo norte magnético da Terra está se afastando do seu ponto de origem. A inversão magnética é real e, a cada dia, nos aproximamos desse fenômeno inexorável. Enquanto os cientistas observam e registram esse deslocamento, sinto que estamos diante de um prenúncio do inusitado - uma mudança que vai além da física e toca as fibras mais profundas da nossa existência.
Nesse cenário, o universo se revela em sua imensidão enigmática, lembrando-nos de que há mais mistérios no mundo do que jamais seremos capazes de imaginar e cada nova evidência é um lembrete da nossa insignificância. Somos presunçosos ao acreditar que controlamos nosso destino, enquanto a Terra, com sua dança magnética, nos recorda que somos apenas passageiros em uma viagem cujo roteiro nunca pudemos compreender por completo. Se o tempo pode se curvar, se o futuro é uma incógnita tão vasta quanto o universo, como ousamos afirmar que temos todas as respostas?
Somos viajantes nesse fluxo infinito, desafiados a questionar nossas certezas e a abraçar o desconhecido. Afinal, a verdadeira inquietude não reside na certeza de nossos conhecimentos, mas na arrogância de pensar que o tempo, esse implacável escultor, não guarda mistérios suficientes para nos deslumbrar - e nos amedrontar - por toda a eternidade.
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