Diário de uma suicida
[red]
Boa tarde querido diário
[b] [i]
Estava me recordando daquele dia.
Era uma tarde ensolarada de verão, há mais ou menos 3 anos atrás...
Mais ou menos entre setembro e outubro.
Naquele dia o meu mundo virou de pernas para o ar...
Todos os meus instintos estavam a flor da pele, principalmente o ódio, o desespero e a melancolia.
Em uma primeira tentativa frustrada fiz um coquetel de medicamentos e me auto mediquei...
Fiquei desacordada por horas, mas sem nenhum arrependimento...
Quando acordei, pensei... ''Como eu sou fraca, não consegui dar cabo da minha própria vida...
Me inspirei... ouvi todas as músicas melancólicas que conhecia... e numa tentativa de socorro, peguei a lâmina de barbear em minhas mãos...
Fui no banheiro e arquitetei tudo...
Com os olhos inchados de tanto chorar pelas desgraças de minha vida, não tinha muita coragem de me auto mutilar... mais algo me impulsionava dizendo : ''Pra que você deve viver? Ninguém gosta de você mesmo? Ninguém vai sentir a sua falta...
Consegui fazer somente um pequeno corte no pulso da mão direita, na qual com o passar dos anos a marca saiu...
Os ''tratamentos'' dos doutores não ajudaram em muita coisa... Eles não querem saber o que te motivou, só querem apontar o dedo na sua cara e dizer: Você está errado!
Esses médicos! Só gostam de arrancar dinheiro com doses de remédios e consultas marcadas! Não se importam com os sentimentos e as emoções das pessoas.
Essa foi uma época dificil da minha vida, uma época que perdi amigos, familiares e até meu animal de estimação.
Uma época que eu espero que nuca mais volte, mas que faz parte de minha história.
Hoje, poucos lembram e sabem desse acontecimento, em casa, nem tocam no assunto...
O tempo ficou encarregado de guardar essa história a sete chaves e ficar inerte, como se nada tivesse acontecido.
Comentários (1)
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Quinta-feira, 08 de Novembro de 2012 �s 17:14
que comovente