Diário de carolyn

*** Vivo la vida 2 ***

Sexta-feira, 12 de Março de 2010.

*** Vivo la vida 2 *** Público
****AVISO BÁSICO: *******
Esta história fala sobre o relaciomento entre mulheres.
Então se você sofre de homofobia, aperte Alt + F4 e seja muito feliz...
Se for menor de 18 anos, esse conto é impróprio para você. E não deveria ler, mas eu sei que você não vai resistir mesmo... Então fique a vontade...
Meninas espero que gostem.
Aproveitem a leitura...



Acordei atrasada, com aquela vontade de ficar na cama, aquela vontade de não fazer nada, simplesmente, vegetar! Odeio sentir preguiça, fico me culpando por não aproveitar o mundo quando fico sem fazer nada, mas nas ultimas semanas sinto grande vontade de dormi e esquecer o mundo ao meu redor, a casa onde Helen vai morar já estava completa dexei ela completa, passei o final de semana pintando e escolhendo os movéis, meu carro que gostaria de comprar vai ter que esperar afinal não sabia que coisas para casa saiam tão caro, tudo parecia um sonho ou melhor um pesadelo... tinha que levantar correndo pq já estava atrasada para encontrar a Helen, pois combinamos de estar juntas quando a Erika fosse retirar as coisas da casa das duas, eu não estava preparada, mas teria que enfrentar aquela situação.
Chegando lá, Helen me recebeu com um sorriso, mas alguma coisa em seu olhar estava diferente, logo me disse que a Erika estava lá com uma amigas desmontando os moveis.

Helen - Ta preparada? Assim que subir a Erika vai te olhar com aqueles olhos de reprovação...
Eu - Sim estou, e se não estou tenho que passar por esta situação, então não tenho saída.

Subi alguns degraus largos e de cara com uma porta antiga, assim que Helen entrou, logo atrás estava a Erika, magra, grandes olhos castanhos e aveludados, cabelos claros, compridos e sedosos, quando nossos olhos se cruzaram percebi o quanto ela era linda, e que aquele olhar dela queria dizer algo mais do que apenas um adeus e boa sorte, era como se tivemos nos conhecido a muito tempo, ela passou por mim com alguns objetos nas mãos, virou as costas e foi embora levando tudo que lhe pertencia, acho no fundo ela só estava esperando para ver a ninfeta da Helena, pois era assim que ela me chamava.
Naquele dia iamos dormir em um hotel pois a casa da Helen estava sem cama, e a nova casa ainda não tinha chagado os moveis do quarto, sabia eu que seria a primeira noite que teria que dormir com ela, seria nossa primeira noite de caricias e tudo mais, meu coração disparava, nunca tive medo de sair ocm uma mulher, muito pelo contrario comecei minha vida sexual ainda cedo, a adoro um corpo quente sobre o meu, mas aquele situação toda me deixava totalmente insugura quanto a tudo.
Começamos a enrolar as coisas dela, pois no final de semana fariamos a mudança para a nova casa, entre beijos e caricias fui me soltando, estava na chuva para me molhar e lógico que não suportaria sentir uma mulher me tocar por muito tempo e não fazer nada.
Ao cair da noite nos dirigimos ao hotel mais proximo da casa, com uma boa aparencia, ficava mais avontade para passar a noite. Subimos as escadas entramos no quarto 42, um espelho na frente, banheiro amplo com ceramica antiga, no quarto uma enorme cama, o ambiente era parecido com um Motel, mas um pouco menos atrevido.
Helen: Vou tomar banho! quer ir primeiro?
Eu: Não primeiro as damas... ( com um sorriso malicioso no rosto)

Ela foi tirando a blusa em direção ao banheiro, fiquei olhando suas curvas, não era magra mas também não estava a cima do peso, quando ouvi o chuvero ligar sentir meu corpo mais quente, sabia que era os primeiros sintomas que meu corpo dava de excitação.
Entrei no banheiro e fui tirando minha roupa, olhando nos olhos dela perguntei se eu podia entrar, balançou a cabeça com um sorriso malicioso e fez um gesto que sim, passou a mão pelo meu corpo, gemi ao sentir suas mãos passarem em minhas coxas, a agua caia, eu a beijava no pescoço enquanto colocava meus dedos em intimo, os movimentos que ela fazia estavam me levando a loucura.

Eu: Vamos para o quarto?
Helen: Espere mais um pouco, quero ver você gozar aqui, coloque as mãos na parece!

Encosteime na parede, firmando me contra si, enqunado ela erguia uma de minhas pernas, de forma a deixar meu sexo rosado, exposto a seu favor, fazendo movimentos circulares no meu intimo, cheguei a loucura, gemi e mal conseguia ficar em pé.
Seguimos para o quarto, a enlacei com ânsia e depois de inumeras caricias ela estremeceu com um gemido alto, como se a muito tempo ninguém a tivessse tocado, senti ela um pouco tensa, mas logo dormimos abraçadas.

Acordamos bem cedo, voltamos para casa dela, logo chegaria o caminhão para levar a mudança, tinha assumido uma responsabilidade grande. Vendo aquelas malas todas arrumadas, me dei conta do que estava fazendo e que realmente era uma loucura na qual eu estava começando a gostar, Já tinha amado alguém que nunca me amou, fiz de tudo pela minha ex, e de um dia para o outro ela me deixou, dói de mais amar e ter que viver de migalhas, e nesta minha vida curta já sofri de mais, então por que não corresponder a Helen? Porque não fazer ela feliz, já que ela também estava disposta a me fazer feliz.
Agora com o coração mais aberto, seguia com o caminhão em direção a nova casa, depois de trinta minutos estávamos próximas, entramos no inicio da favela, a casa onde ela vai morar não é longe da dos meus pais que fica na parte da classe alta da cidade, apesar de eu morar com eles vivi boa parte de minha vida na favela, logo que nasci minha mãe me deu para minha tia, que não tinha nem condições de sustentar os próprios filhos, a vida foi cruel comigo, desde de pequena já trabalhando como engraxate, passando fome e vendo todos com pai e mãe, e eu órfã com pais vivos, sempre fiz das minhas dificuldades minhas motivações, sempre pensei que não seria capaz de amar, e descobri que a vida da voltas, e olha como a vida é engraçada sai da merda, passei para classe alta e agora estou dando uma passadinha na merda novamente para relembrar que a vida pode ser sim mais difícil do que esperamos.
Depois de descer todos os pertencer dela e os pouco dos moveis, paramos para descalçar, e então percebi que quase não batia sol, e que a maior dificuldade seria as roupas, percebi que a Helen não estava feliz, mas sabia eu que ajudaria ela, meu dinheiro já estava acabando, ela com o nome sujo e atolado de contas não poderia me ajudar tão cedo, mal começamos e os problemas financeiros começaram, naquela não era a forma que eu queria esta mas era tudo que eu poderia dar naquele momento, apesar de ter 18 anos e ela 28, eu era muito mais pé no chão do que ela, a maturidade bateu em minha porta cedo, eu tinha que colocar comida na mesa cedo, comecei a limpar banheiro sujo com apenas 9 anos, e sinceramente enquanto eu tiver forças luto, acho que até por isso consegui bom emprego cedo, me relaciono muito bem com as pessoas, lógico que a beleza de descendente de índio com italiano faz a diferença.

Naquela noite dormi com ela, as brigas em minha casa estavam constante, não conseguia participar de minhas aulas , estava distante de minha família, e para ajudar eu e minha mãe batemos muito de frente, voltei a morar com ela tinha 11 anos quando fui abandonada pela minha tia, foi muito difícil nosso relacionamento, ela repetia milhões de vezes que eu não era filha dela, que eu era um erro que aconteceu, até que não agüentei mais e comecei a bater de frente, sai de casa sem rumo, muitas vezes, e pela primeira vez aos doze anos conheci o que era a depressão, em crise com minha vida sexual, com a família e longe das pessoas que cresci, nada para mim mais importava, o tempo passou e eu sobrevivi, mas agora as brigas começaram de novo.

Helen: Carol vem morar comigo não sei mais viver sozinha, por favor?
Eu: Não posso, o que vou falar para meus pais, e minha faculdade como vai ficar nesta historia? Sabe que não vamos conseguir pagar?
Helen: Sei, mas quando as coisas melhorarem você volta, por favor? Diz que volta esta noite?
Eu: Ta Helen. Vou tentar.

E assim foi uma semana, dormindo um dia sim e outro não, minha mãe ligava falando um monte, que eu era uma irresponsável e que as coisas não poderiam ficar assim.

O nosso primeiro final de semana chegou, fiz a feira, preparei o almoço, lavei roupa, nossa tava tudo tão gostoso, e ela tão feliz, apesar de tudo ela sempre me falava que estava feliz, e pedia todos os dias para eu me casar com ela, comecei a dormir quase que todos os dias lá, até que depois de duas semanas minha mãe me colocou contra parede.

Eu: Mãe? To ligando para avisar que não vou dormi em casa hoje!
Mãe: Se não vier hoje não precisa vim nunca mais?
Eu: Vai me mandar embora? Me colocar para fora de sua vida mais uma vez?
Mãe: Você jamais deveria ter entrado na minha vida!
Eu: Não faz assim...
Mãe: Olha não aceito que faça isso, não fica mais em casa, não ajuda em nada, se quer isso para sua vida o problema é seu depois não vem chorar aqui em casa que não vou te aceitar mais uma vez, não vou, entendeu?
Eu: Só liguei para avisar que não irei dormir em casa, as suas atitudes amanhã vamos ver no que vai dar....

Lembro somente de ouvir o telefone ser desligado, sabia que tinha perdido minha família naquele momento, e que tudo que conquistei em relação ao amor com eles, ao carinho com minha irmã, que vivemos separadas, meu lindo irmão que criei, que ensinei a falar, ali estava perdendo, eu e minha mãe acabamos de colocar um ponto, e eu sabia que minha mãe não ia sossega enquanto eu não reconhecesse que minha atitude estava errada, eu e ela sempre com personalidade marcante e uma qualidade ótima de falar o que pensa na cara. Para melhorar a Helen também me colocou na parede.

Eu: Ela vai me colocar para fora de casa...
Ela: Assim vem morar comigo, você me ama né...
Eu: Como vou saber se te amo neste momento estamos juntas a pouco mais de um mês, só consigo pensar que perdi mais uma vez minha família, e que realmente estou chateada, as lagrimas escorriam em meu rosto, minhas mãos estavam geladas, como o meu coração, não pensava, não agia

Dormi nos braços de Helen, acordei as 6:00 da manhã tomei um banho deixando a Helen no ponto segui em direção ao meu serviço, e para melhorar a casa de meus pais é bem na frente, da minha mesa no segundo andar consigo ver meu irmão brincando na garagem, e aquele dia na parte da manhã foi torturante, sabia que minha mãe falaria um monte, ela estoura do nada e não para mais, quando briga com meu pai quase bate nele, mas comigo é diferente porque brigamos de igual para igual, como não tínhamos o relacionamento de mãe e filha, podíamos discutir sobre tudo sem aquele medo de levar uma surra, neste ponto de vista é ótimo, mas nunca recebi um abraço, ou feliz aniversario.
Na hora do almoço, fui na minha casa, tinha que deixar algumas coisas com minha irmã, mal entrei e já vi vários sacos pretos com varias roupas, objetos pessoais e minha mãe já começou a falar.

Mãe: Você quis assim, assim vai ser!
Eu: Não quero brigar, entrei só para entregar algumas coisas para minha irmã!
Mãe:É a ultima vez que você entra nesta casa, você não da valor para o que tem, meu Deus você não é minha fiha, não pode ser!
Eu: Porque não posso ser? Do que você tem medo? Deu fazer as mesmas burradas que você? Ou de eu Jogar minha vida no lixo como você fez com a sua?
Mãe: Sai da minha casa agora, você veio do inferno e é para lá que eu pretendo que você volte!

Neste momento senti minha vida acabar, meu coração estava partido em bilhões de pedaços, tudo que conquistei pedir, tudo que já fui não era mais, as lagrimas escorriam do meu rosto, meu coração nem sei se naquele momento batia, não senti. Sentia raiva de mim mesmo, de estar largando tudo por outra pessoa, de deixar ela falar assim comigo, de falar assim dela, sentia raiva de minha tia que provavelmente estava no Paraná sem se quer se lembrar que deixou aqui alguém com sentimentos, alguém que a considerava uma mãe, meu céu caiu, perdi o chão, perdi meu eu.
Voltei para o serviço ouvindo somente os martírios dela, tentando disfarçar minha cara de choro, mas no fundo, tava mais perdida do que puta em convenio.

O ponteiro das seis bateu, e o táxi estava a me esperar, entrei dentro de casa novamente, esperando que tudo fosse um sonho, só que agora minhas coisas estavam na garagem, comecei a colocar as balar e objetos no táxi, não conseguia segurar minhas lagrimas, não conseguia deixar dentro de mim, eu queria morrer, não sabia nomear o que estava a senti, era uma mistura de medo, de desespero, e uma enorme sensação de solidão, sempre fui solitária, linda, mas solitária, criada sozinha eu que sempre fui tão forte, agora estava a mercê de mim mesma, vendo minha vida se evaporar, a vida que tanto lutei para conseguir, e quando toas as minha coisas já estavam no táxi, minha mãe veio.

Mãe: A chave....
Eu: Mas... retirei a chave do bolso, e a entreguei
Mãe: Nunca mais volte aqui, nunca foi minha filha e nunca será!
Eu: Você ainda vai se arrepender, como diz, a vida da muitas voltas.

Entrei, fechei a porta, e não olhei para mais nada, simplesmente deixei aquele carro me levar para longe, chegando em casa, a Helen veio me ajudar a tirar as coisas do carro, paguei taxista e fui correndo para o banheiro, aos meus 11 anos quando voltei a ter um relacionamento com minha mãe desenvolvi junto bulimia nervosa, sempre que ouvia o desprezo de minha mãe em relação a mim, não conseguia conversar e nem escrever, então desenvolvi o vomito, como forma de libertação de tudo que estava dentro de mim, depois descobri que emagrecendo eu tinha atenção da minha mãe, ate que em determinado momento tudo que me deixava irritada já não precisava provocar o vomito, era algo automático, e muito bom, me dava uma sensação que tudo estava bem, que a raiva passava e me lembro que a primeira vez que sai para fazer comprar minha mãe me disse uma coisa interessante.

Mãe: Nossa como você esta magra, bonita. Vamos sair para comprar calças, sempre faço isso com sua irmã, acho que podemos fazer.

Foi maravilhoso, perfeito, por um momento consegui a atenção que minha irmã tinha sem esforços, Nunca fui gorda, mas sempre tive o corpo bem definido, atlético, moleca, muito diferente de minha irmã, que como uma perfeita barbie, era a favorita de minha mãe, daquele momento para frente, só queria emagrecer, só queria a atenção cada vez mais, e fiz do meu corpo meu maior inimigo, até que em determinado tempo, tudo foi descoberto, fiquei internada, até que meu corpo se recuperasse da desidratação, não segurava mais nada, e então comecei o acompanhamento com psicólogos e psiquiatras, e foi nesta época que me conheci melhor.

Agora depois de três anos me vejo em frente ao lavabo, não fiz nenhum tipo de força simplesmente vomitei como nos velhos tempos.

Helen: Carol fala comigo! Você esta bem?

Não conseguia responder, não chorava, não sorria, simplesmente sentei no chão do banheiro olhando para o nada, com uma eterna sensação de bem estar em meio ao vazio que me atormentava.

Acordei com Helen me olhando, sabia que ela também não estava bem, mas naquele momento era a única pessoa que eu tinha e eu era a única pessoa que ela tinha, tomei banho, me troquei e já estava a sair.

Helen: Tudo vai ficar bem! Chegarei mais cedo hoje, vou preparar o macarrão que tanto você gosta, quer tomar alguma coisa, dormiu sem comer nada.
Eu: Obrigada meu anjo, sei que tudo vai ficar bem, só não estou com fome. Tenha um ótimo dia, vou adorar comer seu macarrão.

Durante o dia, conseguia ver meu irmão pela janela, um belo menino loiro, somos bem mais que irmão, compartilhamos segredo, ele é meu cúmplice e sou a dele, era exatamente torturante, sexta feria não tem almoço na firma, então almoço em casa, conseguia ver ele em frente ao portão me esperando, sexta feira era o dia dele, o dia que almoçava e dava toda atenção, quando desci as escadas, indo em direção conseguiu ouvir ele me chamando.

Marcos: Didi, (é assim que me chama) onde vai? Quer ir junto!
Aproximei-me do portão , vendo aqueles lindos olhos, mandei um beijo, e continuei a andar, consegui ouvi minha mãe chamando ele para almoçar, entrou resmungando querendo saber o que estava acontecendo, meu coração estava partido, e agora o do meu príncipe também estava, no final do dia pude ver ele me vendo ir embora, provavelmente inventaram qualquer historia para ele não sair gritando que queria ir junto.

E assim passou mais um mês, não comia, não vivia, vegetava, e ao final do dia vomitava, a Helen se trancava no mundo de contas usando meu cartão, também já não estava se importando com nada, tanto eu como ela passávamos quase todo o tempo dormindo, se namoramos duas vezes naquele mês foi muito, na me lembro, provavelmente não foi bom, as contas chegaram a Helen estava enrolada e que, paguei tudo que precisava, inclusive a conta de celular dela de mil reais, que naquela situação faria muita falta.

Meu tio estava voltando do Paraná de onde minha tia que me criou morava, pediu para conversar comigo um assunto muito delicado, esta ansiosa para saber sobre noticias da minha tia, mesmo ela tendo me abandonado, eu não via a hora de rever ela, e quando meu tio foi, pedi a ele para perguntar a ela se eu poderia passar o natal lá, e provavelmente ele ia me falar que minha tia também estava com saudade de mim.
A noite estava chegando quando ouvi o batido na porta.

Eu: Tio Clau que saudade, já sabe o que aconteceu, sobre eu e minha mãe?
Clau: Lógico, voltei de viagem porque gostaria de saber como esta, trouxe noticias desagradáveis sobre sua tia.
Eu: Estou bem, mas o que aconteceu com a Tia? Ela esta bem?
Clau: Esta bem sim, mas esta do lado de sua mãe, não aceita sua opção sexual, e disse que acha melhor não ir no natal.
Eu: Você esta brincando né?
Clau: Não, sinto muito, estou do seu lado, para tudo e sempre estarei, você sempre será aquela menininha de cabelos loiros e um sorriso no rosto mais lindo do universo, eu amo você, não esqueça.
Eu: Tudo bem, preciso ficar sozinha, obrigada por tudo!
Clau: Estou indo! Se cuida!

Fechei a porta, a Helen me olhava assustada, não disse nada só me direcionei para o banheiro, liguei o chuveiro, entrei com roupa e tudo, as lagrimas se misturavam com a água do chuveiro, a porta se abre.

Helen: Carol sai daí, o que ta acontecendo conversa comigo...
Eu: Não consigo, a minha vida acabou, não sei o que fazer....
Helen: Nada acabou, começou... sei que não sou a melhor pessoa, mas quero que fique bem, venha vou te colocar na cama.

Andando em direção ao quarto, vomitei, lembro somente de tirar a roupa e me deitar, enquanto a Helen limpava o vomito espalhado pelo quarto. Mais uma semana se passou 8kg a menos, e o vazio aumentando, a Helen passava as noites em claro na Internet, pedia para ela vim se deitar mas sempre dizia que estava sem sono, eu limpava a casa, fazia a comida, enquanto ela dormia, eu ia dormi ela acordava e entrava na Internet, de manhã ia atrasada para o serviço.

Eu: Helen, ta com algum problema?
Helen: Sim, me sinto muito excluída do meu serviço. Não estou conseguindo vender.
Eu: é só uma fase, logo tudo voltará ao normal.

Na semana seguinte estava chovendo muito, acordei durante a noite assustada, a casa estava cheia de água, na altura da cama.

Eu: Acorda, acorda... a casa ta alagada...
Helen: Carol vai dormir você esta sonhando!

Peguei na mão dela e coloquei para fora da cama, ela deu um pulo sem entender nada. Começamos a levantar as coisas, mas tudo estava molhado, cômodas, roupas, sapatos, colchão, a casa da frente também já estava bem movimentada, depois da chuva passar limpamos tudo, já estava amanhecendo e tínhamos que ir trabalhar.

Eu: quando uma coisa ruim vem, não vem sozinha né.
Helen: Nem me fala, ta difícil né, mas sei que largo tudo por mim...
Eu: Não diga assim, foi o destino que me juntou com você. Sei que as vezes ficamos perdidas sem saber por onde ir, mas ajuda muito saber que eu tenho você e você me tem.
Helen: Eu sei, posso te pedir uma coisa?
Eu: Lógico, sou sua... mulher
Helen: Seja meu homem...
Eu: Homem? Como?
Me deitou na cama, me beijava com tanta vontade, com desejo, encostou os lábios em meus ouvidos me fazendo estremecer, e gemeu baixinho.

Helen: Sou sua puta me come... como um cavalo!

Fiquei perdida, era a primeira vez que teria que agir como homem, olhei nos olhos dela, e comecei a beijar.

Eu: Então vem senta aqui, no meu pau, geme para mim.
Helen: Isso enfia esse pau grosso em mim.

Em poucos minutos, Helen gozou de um jeito que nunca tinha visto, era verdadeiro, era muito mais do que um simples sexo. Depois desta experiência, toda vez ela queria que eu fosse um homem na cama, e logo comecei a questionar o porque destas atitudes.

Eu: Posso lhe fazer uma pergunta?
Helen: Sim
EU: Pq só consegue gozar se eu for o homem na relação? Estava mentindo das primeiras vezes?
Helen: Acho que por conta da minha depressão tenho muita dificuldade de gozar, da primeira vez fingi sim que tinha gozado, não queria que ficasse chateada, mas agora eu consigo.
Eu: Consegue por que me vê como homem na cama, tem certeza que gosta de mulher?
Helen: Não quero mais conversar sobre isso, você me deixou chateada.
Eu: Não era esta a intenção, o que posso fazer para me desculpar?
Helen: Já queria te pedir a um tempo, mas tenho que passar no seu cartão...
Eu: Sabe que meu dinheiro esta acabando, não podemos gastar...
Helena: To querendo muito um relógio, e um tênis sei que não estamos podendo mas você pode parcelar...
Eu: Mas qual o valor?
Helen: Tudo sai em torno de 950,00 reais, mas pode parcelar....
Eu: Desculpe mas não vou fazer isso, não estamos nas melhores condições...
Helen: Por favor... to te pedindo, prometo não gastar mais...
Eu: Só este mês você gastou o meu salário e o seu... mas tudo bem amanhã você leva meu cartão e compra.

Dois dias depois da enchente comecei a ter dores musculares fortes, e febre não era constante, passaram se sete dias, fui trabalhar meu olho estava enorme, pensei estar com conjuntivite, pedi licença do serviço, e quando estava saindo tive uma grande surpresa, era minha irmã me olhando.

Eu: Oi.
Daí: Você esta bem?
Eu: estou indo ao posto de saúde, não me sinto bem . Levantei os óculos e lá estavam meus olhos inchados.
Daí: Meu Deus, por isso ta tão vermelha acho que esta com febre, mas pq não vai ao convenio?
Eu: A mãe ficou com a carteirinha, mas como estou passando muito mal, tenho que ir.
Daí: Espere um minuto...

Minha irmã que até todo este tempo nunca tinha falado comigo, veio com meu pai e minha mãe que não falaram nada.

Daí: Temos oftalmologista agora se quiser podemos lhe dar uma carona, e lhe emprestar a carteirinha. O que acha?
Eu: Ficaria agradecida, quase não enxergo.
Daí: Aproveita para passar na oftalmologista, que coincidência.

Não se dava uma palavra no carro, acho que pelo fato de que faltava apenas uma semana para o natal, minha família estava com o coração mais aberto.

Daí: Com esta fazendo para almoçar de sexta feira?
Eu: Trago marmita.
Daí: Por isso emagreceu tanto.
Nego: Didi onde você ta dormindo?

Um silencio surgiu no ar, olhando nos olhos dele respondi

Eu: Nego, um dia você vai virar um lindo rapaz, vai precisar estudar, e vai morar sozinha, a Didi por enquanto ta morando com uma amiga pq fica pertinho da escola dela, mas eu amo muito vocês e nada vai afastar você de mim.

Ele me deu um grande abraço, um beijo e disse que me amava, abri um sorriso. Chegando no consultório da medica, fomos atendidas com agilidade, fui a ultima a ser atendida.

Eu: Estou com o olho muito inchado acho que é conjuntivite...
Medica: Deixe-me dar uma olhada, você tomou chuva estes dias, ou participou de alguma enchente?
Eu: Sim, participei de uma enchente na semana passada, por que?
Medica: Suspeito que seja leptospirose, mas precisa ir a um hospital urgente.

Todos na sala, inclusive meu pai, se levantou, a preocupação era visível na cara de todos, logo minha mãe que se fez de indiferente o tempo todo perguntou?

Mãe: Mas como assim? É grave?
Medica: Sim, mas acho melhor irem logo, e boa sorte.

Chegando no hospital, minha mãe foi logo dizendo para a recepcionista

- É caso de urgência, suspeita de leptospirose.

Fui encaminhada para uma maca, retiraram sangre e fiz também exame de urina, os exames ficariam prontos em duas horas, em quanto isso fiquei sobre remédios para baixar a febre em um quarto particular onde todos podiam ficar comigo.

Mãe: Onde vai passar o natal?
Eu: Não sei acho que em casa sem fazer nada.
Mãe: Se der passa lá em casa, não diga nada pense.

Neste momento o celular toca.

Eu: Alo, Oi Helen!
Helen: Oi Ca, onde esta?
Eu: Estou no hospital, com suspeita de leptospirose...
Helen: Como assim porque não me ligou?
Eu: Estou com minha família, eles me dera uma carona.
Helen: Mas esta tudo bem com vocês?
Eu: Acho que sim, vai vim para cá?
Helen: Lógico, daqui meia hora chego ai!

Quando ela chegou todos balançaram a cabeça, com um sinal de paz, ficaram comigo até o resultado sair, a porta se abriu.

Drº: Estou com o resultado, infelizmente deu positivo, será necessário o internamento, aproximadamente dois dias. Quem assinará o internamento?
Eu: Mas Dr° o natal é daqui a uma semana, eu preciso adiantar as coisas no serviço, tem certeza que será necessário?
Drº: Será de extrema necessidade repouso total. Infelizmente seu natal será adiantado. Fiquei dois dias naquele hospital, lá consegui me reaproximar da minha família e fazer com que a Helena se aproximasse também. Eu estava feliz... mas como tudo que é ruim não vem sozinho minha vida estava pronta para dar outra volta.


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Comentários

Comentários (19)




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 marii
Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Poxa, fiqeei chocada com sua históoria ! Fascinante, vooc poderia escrever livroos ! Iam ser mt vendidos viiu ! oO

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
porra apertei Alt + F4 e fikei full fulldido!!!!!!!!
rsrsrsrsrsrs!!!!!!!!!

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
legal,ótima escritora...[
eh sua historia carolyn?
bjos

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Andressa obrigada pela força, sei que estou em falta com tadas vcs, pois preciso continuar a escrever, mas é que a vida é corrida, mas o proximo esta quase pronto.

Bjão

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
gostaria de saber se é a sua vida real?
beijinbos

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
tenho certeza que tudo dara certo...
so um conselho "nunca desista"

as coisas sao tao belas quando queremos e inumeras vezes sem graça quando nao temos nada de bom...
é so escolher o caminho e siguir em frente!

Boa Sorte!!!
estamos ai para oque der e vier...

Beijinhos...

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 ninha
Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Me chamo Vânia mas Prefiro que Me chamem de Ninha .
Olha , nesses Meus quase 24 Anos de Vida nunca Li uma Estória ou História como essa .
Ninha .

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
muito bom memso, Mel...qro saber o final de ssa história não demore tá?

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 melany
Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
rs carol a trama toda esta otima, vc entra bem em detalhes e como entra que a imaginação voa loonge hehe... foi uma parte entre mae e filha se eu tomasse decisão errada. mas ja passou, por enquanto. mas é isso ai, gosto muito dos seus posts. escreve mais rs. ;**

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Oi carol eu jah entrei no seu como vc pediu.
o meu livro vai ser publicado aki e tbm no blog : http://amigasouna0.blogspot.com/
Espero q vc leia o meu tbm...

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Que bom mel... qual parte mais gostou do dois, preciso dar mais detalhes das coisas, assim que der um tempo, qual parte era parecida com vc?

Bjs e obrigada

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 melany
Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
muito bom mesmo o 1 eu achei lindo gosto de romance, depois veio um drama intenso, q nossa... to assustada espero q tenha um final feliz, eu tb ficava olhando seu diario p/ ver se tinha o 2, e uma parte foi bem parecido que ia acontecer comigo. torço p/ q dê certo. e continua to anciosa para ver o que acontece. bjusss ;)

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
ok. pode deixar comigo, qualquer coisa eu te darei um toque. mas vai ser impossivel, pois gostei de tudo.

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Será a primeira que eu darei de presente... obrigada pela força, logo continuarei a escrever, e a intenção realmente é publicar, tenho certeza que tudo dará certo, estou indo com calma, intercalando com minha vida profissional, estudos e tudo mais, ai demoro um pouco para escrever... se tiver partes que estão chatas, ou tiver sugestoes por favor comunicar... obrigada mesmo.

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
dá pra prender sim, todos os dias eu olhava o seu diario para ver se vc já tinha postado a segunda parte... e quando eu vi... viva la vida 2, no mesmo instante eu abri e começei a ler, agora fiquei curiosa pra ler a continuação... vc é uma otima escritora, se publicasse esse livro ia fazer o maior sucesso, e eu seria a primeira a recomendar. adorei bjão

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Vamos deixar como suspense... este livro ainda vai dar muitas voltas... o que achou? da para prender o leitor?

Obrigada linda

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
na verdade, eu já li... vivo la vida 1 e 2, vc já me disse q é uma historia real, mas é a sua historia?

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
Leu Vivo la vida 1 e 2?

Desculpe os erros não tive tempo para reler com calma, é uma historia real, tenho que colocar mais detalhes, ainda é um esboço do livro.

Obrigada pela ajuda....

Mas pq a pergunta?

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Domingo, 06 de Novembro de 2011 �s 01:55
eu li a historia todinha... é otima e interssante. mas tenho uma duvida... é a sua historia de vida? ou voce inventou? ou foi baseada na vida real de outra pessoa? me responde por favor... beijão escritora.

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