Diário de lisdraug

Viva

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024.
raiva     

Viva Público
Me afogo completamente na sua indiferença, sua falta de questão invade os meus pulmões e dói, mas eu não consigo evitar essa morte lenta, calma, sorrateira, envolvente. Totalmente rendida a esse sentimento de posse e masoquismo que é ser sua.

Jogue um colete, me salve, não, não... você não vai fazer isso, não é do seu feitio salvar donzelas em perigo, você as deixa em perigo, porque é da sua natureza. Me olhe com esses olhos de caçador, curvados, esculpidos por algum tipo de deus da beleza. Me mate lentamente com a sua voz arranhada, dizendo ao pé do ouvido o quanto me ama, mas diga, diga mais vezes, diga com clareza, porque palavras é tudo o que eu tenho de você.

Depois me enterre, e me cubra com a terra mais escura que encontrar, para que eu sempre lembre da escuridão que é viver ao teu lado, escuridão essa que me acalenta, tão confortável e macia quanto o abraço de um serial killer. Cuspa em mim todos os seus tramas e me ensine a conviver com eles, posso guardar no bolso, bem longe de você, eles serão meus, e a cada vez mais eu me torno sua, até nunca mais ser.


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