Diário de diegooliver

O (meu) início

Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025.
medo     

O (meu) início Público
Nunca escrevi um diário, é a primeira vez que o faço, e de certa forma contra minha vontade. Até que eu gosto de escrever, mas por algum motivo, nunca fui fã de falar de mim, ao menos não diretamente. Eu escrevo isso porque, mesmo tendo ciência de que o propósito desse diário, para além da pessoalidade de se escrever minhas inferências, é a obtenção de nota no estágio em alfabetização (que árdua tarefa, não é?), então eu sinto algo por conta disso. Não sei se é vergonha, mas eu não me sinto à vontade escrevendo para que outros leiam sabendo que sou eu, mas também tenho dificuldade em escrever de forma impessoal, portanto eu sofro. Mas faço o que é preciso fazer.

Eu posterguei esse diário umas duas semanas, então genuinamente não lembro bem do que rolou nessas primeiras semanas, ao menos não a ponto de conseguir escrever sobre. Talvez eu consiga escrever, mas não confie nas minhas habilidades a ponto de falar do que não entendo. Sendo assim, eu falo a partir desta experiência, na terceira aula, numa ilustre quarta-feira. A discussão em sala era sobre um texto que tratava de alfabetização de adultos (a matéria é sobre isso, afinal).

Li pouca coisa sobre, francamente, então me abstive de tecer comentários pra variar. Mas sinto que, pelo menos dessa vez, entendi sobre o que se falava. Eu entendi a importância de questões como o conteúdo de vida daqueles sujeitos que fazem parte dessa educação tão distinta e igualmente convencional, a relevância de suas origens. Eu penso muito no quão importante é reconhecer que, se a criança e o adolescente possuem conhecimentos e experiências para além da escola, o adulto e o idoso possuem muito mais, e por isso mesmo as coisas precisam fazer sentido. É muito fácil ensinar algo sugerindo que aquele que aprende não sabe de nada, certo? Qualquer coisa vira aprendizado.

Uma coisa que sempre acho importante de rememorar, e que eu espero nunca esquecer, é que se faz necessário que as coisas não apenas façam sentido, mas que também possuam aplicabilidade, praticidade. A escrita e a leitura como propósito, o conhecimento aplicado na vida pessoal. Ninguém gosta de aprender algo "sem sentido", imagino que esses que já aprenderam demais e já estão indispostos sentem isso de forma mais intensa.

Penso muito sobre isso tudo e mais um bocado, só que, como sei que haverão mais entradas, me encerro aqui. É o bastante.



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